Logos (em grego λόγος, palavra),
no grego, significava inicialmente a palavra escrita ou falada—o Verbo. Mas a
partir de filósofos gregos como Heraclito passou a ter um significado mais amplo. Logos
passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade
de racionalização individual ou como um princípio cósmico da Ordem e da Beleza.
Na teologia cristã o conceito filosófico do Logos viria a ser
adaptado no Evangelho de João, o
evangelista se refere a Jesus Cristo como o Logos,
isto é, a Palavra: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o
Deus, e a Palavra era Deus" João
1:1 (εν αρχη ην ο λογος και ο
λογος ην προς τον θεον και θεος ην ο λογος)
Antes do surgimento da filosofia (por volta do séc. VI a.C.), Logos significava palavra. Porém, a partir
de filósofos como Heraclito de Éfeso, veio a ter o conceito de razão.
Revelação:
O vocábulo grego “Logos” aparece 331 vezes no
Novo Testamento, em quase todos os livros da Bíblia, o termo só não aparece em Filemom e Judas,
o seu significado secular e teológico é abrangente e diversificado, em Mt 12:32
e Lc 20:20 a palavra é (expressão vocal) já em Mt 5.37 é (declaração), porém em
Lc 4:36 é (mandamento) em At 11:22 é (relato) em 1Co 15:54 é (palavras das
escrituras) a mesma palavra aparece como promessa da verdade e da vida, palavra
de Jesus, palavra acerca de Jesus, O que pode ser definido como (Passim) isto é
advérbio latino que significa, literalmente, "aqui e ali"; "por
toda parte"; "neste lugar e noutros". Colocado logo após o
título de uma obra ou de um autor que citamos, indica que ali podem ser
encontradas diversas referências a um determinado assunto, numerosas demais
para serem indicadas pelo número das páginas em que aparecem, também em Jo 1:1-14
Jesus aparece como a palavra (Verbo), logo Logos pode ser definido como a
Palavra da revelação, a Palavra de Jesus; também como a Palavra acerca de
Jesus.
A Cristologia do Logos.
O fundamento
do evangelho, bem com o executar ou seja a proclamação do mesmo ou as bases ou os fundamentos do Cristianismo vivo e Eficaz
é sem duvidas a encarnação de Cristo ou melhor do Logos, no Evangelho de Jo 1:18
nos vemos o pano de fundo do mistério da encarnação de Cristo, quando o
Evangelista fala do criação ele deixa claro que o Verbo ou seja o Logos já
existia, sendo o Eterno e a fonte de todo a criação, o Logos não é apenas um
ser divino, Ele é o Próprio Deus em essência e pessoa. No versículo 1 ou seja no
Principio , ou antes da criação Gn 1:1, o Logos é Deus e não pode ser confundindo com o
logos de Platão que significava a ideia universal e absoluta, nem de Filón que
identificava o logos como sabedoria de Deus. Logos para João é uma pessoa, que
comunica a realidade de Deus aos homens pela sua encarnação e sacrifício na cruz.
O Verbo era Deus.
A falta do
artigo no original não quer dizer “um deus”
mas que o Verbo Era Deus , ou seja tinha a Natureza Divina, o Eterno Filho
o Verbo de Deus se encarnou como homem confira Rm 8:3 esta verdade essencial
nega terminantemente a heresia gnóstica que afirmava que a encarnação de Cristo
não foi real, o texto de João 1:14 o Verbo habitou entre nos, no grego é o mesmo
que tabernaculou, em Cristo nos vemos o zelo de Deus em se aproximar do homem
mesmo sendo pecadores, nos mostra a sua graça favor não merecido, não podemos
esquecer que o Logos ou melhor o Filho está destacado na Trindade mas a
Trindade toda não é o VERBO.
Continuamos no
capitulo 2, aquarde:
Elias Domingos .
